Esses dias estava assistindo uma live com duas pessoas que gosto muito e eles falavam sobre a pressa dos analistas que estavam começando, e que muitas vezes pareciam não dar importância as entrevistas preliminares.
De certo modo também sinto isso. Na caixinha de perguntas uma dúvida é sempre recorrente: quando passar o sujeito ao divã ou quando vou me deitar no divã? Uma pessoa que conheço e que não tem nada a ver com a área psi uma vez conversava comigo sobre todo esse apreço ao divã e comparou a uma competição: estava na frente aquele que deitava (essa era a meta).
E que espaço nós, analistas, estamos oferecendo as entrevistas preliminares? Esse é o momento de estabelecer a transferência e principalmente de ouvir o sujeito falar sobre sua história. Por sinal, histórias que parecem estar se perdendo.
Por que você recebeu este nome? Como era isso ou aquilo na infância? E os seus avós? Diante destas perguntas muitas vezes recebo “Não sei”. O que me chama a atenção é o “não sei” carregado de uma falta de interesse em saber, ou nunca ter pensando sobre a própria história.
Então fica aqui a reflexão: vamos nos debruçar mais sobre as entrevistas preliminares, sem pressa, sem “querer” algo para aquele que está ali a nossa frente. Pouco a pouco vamos construindo junto essa história, escutando sobre o mito desse sujeito.
Sobre a pressa nas entrevistas preliminares
Esses dias estava assistindo uma live com duas pessoas que gosto muito e eles falavam sobre a pressa dos analistas que estavam começando, e que muitas vezes pareciam não dar importância as entrevistas preliminares.

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