Estava conversando com uma pessoa sobre a passagem de analisando para analista e acho que vale trazer aqui os quatro tempos de uma análise!
Primeiro tempo: é o tempo de ver, de perguntar. É o tempo de elaboração de grandes perguntas daquilo que é falado.
O candidato a análise chega com um determinado sofrimento e geralmente com o que ele supõe ser a causa. A queixa aqui ainda é apresentada em voz passiva.
Segundo tempo: é tempo de entender o que viu, é o ensaio de alguma resposta. “Qual a minha responsabilidade diante disso que me queixo?” É o momento em que o sujeito se implica na queixa.
Terceiro tempo: é o tempo de concluir aquilo que viu e entendeu. Nesse momento a lógica binária cai. Você não está mais diante do: ou isso ou aquilo; ou vivo ou morto, etc. A causa que foi vista lá no primeiro tempo não se sustenta mais, aqui entra a escolha e decisão.
Quarto tempo: é o tempo da voz neutra, aqui o impossível é legitimado. É possível conviver com o impossível, que é inerente a condição humana, sem fazer disso um sofrimento.
Os quatro tempos de uma análise
Estava conversando com uma pessoa sobre a passagem de analisando para analista e acho que vale trazer aqui os quatro tempos de uma análise!

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Foi sem querer querendo
“Foi sem querer querendo”, “falei de brincadeira” ou ainda “é mentirinha”, pode ser a maneira de uma verdade ser anunciada. Freud já dizia em “Os chistes e sua relação com o inconsciente” que brincando pode se dizer tudo, até a verdade.
Psicanalistas: o que são? Do que vivem? Como se alimentam?
Parece existir todo um folclore em torno da figura da analista. Me imagino em um safári ... “A sua esquerda vocês podem observar o analista, um animal um tanto quanto raro, não sorri, não fala, emite poucos ruídos. Normalmente encontra-se sentado em sua poltrona de couro com suas vestimentas discretas. Seu habitat não revela nada de sua identidade.” E aí? Reconheceram?