Cotidiano

Sobre a banalidade do mal

A banalidade do mal tem a ver com a paixão pela instrumentalidade. O mal se torna banal quando as condições de pensamento se esvaziam e as pessoas deixam de se comprometer com sua capacidade de julgamento, e o sujeito pode perder “alegremente” no meio da massa o seu compromisso ético. O sentimento de pertencimento ao coletivo é o sentimento de não ter que se responsabilizar pelo próprios atos, e surge então a paixão de se dissolver completamente.

Tayara B. Tomio Publicado em 09/02/2021

A banalidade do mal tem a ver com a paixão pela instrumentalidade. O mal se torna banal quando as condições de pensamento se esvaziam e as pessoas deixam de se comprometer com sua capacidade de julgamento, e o sujeito pode perder “alegremente” no meio da massa o seu compromisso ético. O sentimento de pertencimento ao coletivo é o sentimento de não ter que se responsabilizar pelo próprios atos, e surge então a paixão de se dissolver completamente.

Parar de pensar é sempre muito tentador. Uma incessante busca por uma desculpa para fugir da solidão de nossas mentes, que é a condição do diálogo moral de cada um com sua consciência. Os grupos, como o de amigos, família, torcidas, igreja, etc, não nos oferecem apenas ideologias e desculpas, mas sim uma função para cada um de seus membros. Assim, não é necessário decidir sobre a própria vida, mas sim exercer um papel no coletivo.

Dentro desse contexto, questiona-se: por que a ideia de abdicar da própria subjetividade é tão atraente e faz tanto sucesso? Existe uma faceta de nossa humanidade que pretende alienar-se por inteiro no desejo do Outro?

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A ideia é oferecer um espaço de troca e produção de saber para iniciantes na prática clínica psicanalítica.

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Sobre saber não saber

Quando pensamos em psicanálise uma das coisas que vem a cabeça é sobre o não saber. Aqui eu sempre associo com algumas coisas: sujeito suposto saber, sobre lidar com o não todo saber e principalmente que é preciso saber não saber.

Publicado em 22/10/2020

Você é psicóloga? Aposto que analisa todas as conversas

Que atire a primeira pedra o profissional que nunca ouviu essa frase ou variações dela. “Você analisa tudo o que eu falo? Ahh você entende né, é psicóloga. Etc, etc etc.” Acho até compreensível as pessoas falarem isso, porém é um grande equívoco. Além do fato de propagar esteriótipos sobre os psis: somos calmos, pacientes, queremos sempre ajudar, bondosos, etc.

Publicado em 11/10/2020